Sobre o Livro #25 Imortal de José Rodrigues dos Santos
Desafio Literário #LerOsNossos
Hello.
#lerosnossos
Este livro entrou para a lista #tbr do mês de Novembro porque decidi participar no desafio que a Cláudia do blog amulherqueamalivros lança todos os anos, por esta altura: ler um autor português. Para ser sincera, este livro estava na lista de desejos para ler, mas não era prioritário. Mas o livro que tinha pensado requisitar, a biblioteca da minha localidade ainda não o tinha adquirido, por isso, estando este disponível para requisitar, veio, literalmente, a segunda opção. Tal como em livros anteriores, todas as informações científicas são verdadeiras e baseadas em várias obras, artigos e entrevistas realizadas pelo escritor de modo a obter o máximo de informações e esclarecimentos possíveis.
Imortal de José Rodrigues dos Santos (JRS) aborda a temática da vida eterna, através de modificações genéticas e melhorias no campo da medicina, com traços futuristas e possivelmente desastrosos para a humanidade, como a conhecemos atualmente. Apocalíptico? Talvez, mas estas mudanças estão cada vez a serem mais revolucionárias e profundas que o ser humano comum nem imagina. Tal como nem sonha, o quanto todas estas modificações mexem com a sua vida e como a sua vida está exposta, mesmo tomando todos os cuidados possíveis e inimagináveis.
Esta história conta, mais uma vez, com a participação da personagem de Tomás Noronha e com a sua capacidade impressionante de resolver mistérios. Embora algumas personagens secundárias entrem na história, nesta em particular, pouca ou nenhuma importância têm para o desenrolar da história. Ao fim e ao cabo, esta história conta, no seu todo, com um punhado de personagens, Tomás, Weilmann, Yao Bai e Xiao. Devido a este facto, este livro poderia dividir-se em duas histórias distintas, numa primeira fase. Na história em que Yao Bai aparece de forma mais frequente, o autor relata o sistema social chinês, aborda a questão da sociedade chinesa - do individualismo ao comunismo - do sentido de lealdade com e somente o país e o partido. Na história em que parece Tomás e Weilman, as informações relatadas são sobre mais a evolução tecnológica e como isso pode influenciar a vida da humanidade. Estas duas linhas de pensamento ajudam a compreender a parte final, em que as duas histórias se fundem, numa segunda parte.
Contudo, todo este conjunto de informações e a forma como ela está exposta, acaba por tornar a história densa e por vezes, desinteressante e até mesmo aborrecida, especialmente a parte de Tomás e Weilman. Dado que a história de Yao Bao se foca mais na parte cultural e social da sociedade acaba por ser o ponto mais interessante do livro. JRS continua com a tendência em criar falsos diálogos que, no fundo, mais se assemelham com monólogos. Mais uma vez, acho que seria muito mais útil escrever um livro com base nestas informações, do que escrever um thriller com todas estas informações e transforma-lo em algo massudo. Cheguei à parte final, literalmente, com vontade acabar o livro e não por estar curiosa em saber como acabava. Para se escrever um thriller, é necessário mais ação e menos monólogos. Sendo esta informação tão complexa é quase impossível condensa-la de forma tão simples e ao mesmo tempo criar um thriller. Atenção, isto acaba por ser um problema, para mim, tanto de JRS, como de Dan Brown, por exemplo. Já li livros suficientes de ambos os autores para saber que a linha de raciocínio foi, é e será a mesma.
Apesar de ter levado 3 estrelas, não é um livro que sugeriria porque acredito que muitos leitores possam ficam com sentimentos muito ambíguos quanto a este livro. Falo por mim, devorava em segundos a história com elementos culturais e demorava séculos a ler a outra história.
Quem já leu JRS? Gostam, odeiam ou têm sentimentos ambíguos?
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Kisses,
Mummy