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Não Me Façam Perguntas Difíceis a Esta Hora

Um blog sobre os gostos literários, televisivos e cinematográficos de alguém que tem muitas aventuras para partilhar com a sua Baby e sem ela...

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04.05.19

Ontem, viste o episódio? #10 Coisa Mais Linda


Tânia Oliveira

"Nunca deixem os seus maridos controlarem o seu dinheiro.

Muito menos as suas vidas."

Mallu in Coisa Mais Linda

Bom dia :)

Deus inventou muitas coisas boas e muitas coisas más e depois a inventou a NETFLIX! Thanks ;)

Jokes aside, vamos lá falar de algo realmente importante, a série brasileira Coisa Mais Linda mais badalada, como diriam os nossos amigos brasileiros. 

Admito que demorei a interessar-me pela série, parecia ser demasiado romântico, demasiado lamechas. Não poderia estar mais errada! Aqui deixo-vos 7 razões pelas quais todas devemos ver esta série. 

Sinopse

Uma dona de casa sai de casa dos pais para ir ter ao encontro do marido, que está no Rio de Janeiro. Quando lá chega, depara-se com o desaparecimento dele e com a existência de uma possível amante. Mesmo encontrando-se nesta situação, fica no Rio de Janeiro com o intuito de abrir um bar de bossa nova. A ação passa-se nos anos 50. 

1. Uma série sobre girlpower. 

Anos 50. Em qualquer sociedade no mundo, o papel da mulher estava condicionado pela vontade do homem. Eram raros os casos, em que a mulher conseguia o poder por si própria, conseguia vencer, derrubar obstáculos e singrar em nome próprio. Se querem exemplos de girl power, de mulheres que ultrapassaram barreiras e a singrarem ainda que seja na ficção, então vejam esta série. 

2. A sociedade e o papel do homem. 

Anos 50, outra vez, I know. A sociedade brasileira é machista, o homem tem o poder todo na mão e dependendo da forma como ele foi educado, ora por uma mãe com uma visão mais moderna ou tradicionalista, é um filho da put* ou um homem considerado normal, segundo os nossos padrões. Nesta série, há de tudo um pouco. A melhor parte, é que nem todo o filho da put* é isento de sentimentos, nem todo o homem normal é perfeito, sem defeitos, sem passado e sem arrependimentos, 

3.Todas iguais, todas diferentes. 

São 4 protagonistas. 4 estórias diferentes. 4 formas de vida bastante diferentes. Alguns aspetos em comum, mas alguns bem diferentes. But, hey, thanks god for that, right?! É bom assistir a esta diversidade, a um mundo não cor-de-rosa. A uma realidade fictícia, mas que poderia muito bem não o ser. 

4. Música brasileira. 

Um dos pontos altos desta série é a música brasileira, em particular a bossa nova e o samba. Têm poucos momentos que são, exclusivamente, dedicados à música. Refiro-me a atuações ou às próprias personagens a cantarem. Todavia as cenas feitas são algo de tocante. Podem não constituir uma epopeia cinematográfica, mas somente a emoção que transmitem é como se fossem. A música brasileira dos anos 50, mais do que ser cantada, era vivida, pelo menos a representada na série. Não mexia só com os sentidos, mexia com a alma. 

5. O elenco feminino. 

O elenco feminino é único. É diversificado, mas o talento não dispersa. Aliás, o facto de ser diversificado e de terem construído variadas histórias com as quais as mulheres se podem identificar, em qualquer fase da vida é somente um bónus. Tudo muda de um momento para o outro e poder acompanhar essas mudanças e nos podermos reconhecermos em algumas situações é simplesmente maravilhoso. Mesmo que a ação se passe nos anos 50 e nós estejamos já no século XXI. Curioso, como ainda nos identificamos com atitudes e situações dos anos 50. 

6. O segundo tema central: o amor. 

O amor rege tudo: seja o amor que se sinta por uma pessoa, por uma forma de arte ou mesmo, por uma forma de viver. Nesta série ganha mais destaque o amor pelas coisas, pela independência, pelos direitos, pela direito a ter uma voz e dizer que sim ou que não, pelo direito à escolha do que propriamente o amor entre as personagens. Embora exista e tenha o seu espaço, na minha opinião, não brilha tanto como o primeiro tipo de amor referido. 

7. Vestuário, maquilhagem, os maneirismos, os adereços. 

Adorei os pormenores do guarda-roupa, da maquilhagem adequada a cada estrato social e também ao espaço envolvente, quer fosse a favela, quer fosse a cidade. Os diálogos, os gestos foram todos pensados ao pormenor dos anos 50 da sociedade brasileira. As paisagens que são representadas na série são dignas de postais. 

O desfecho da série ficou aberto, por isso, estou a contar os dias, as horas para a segunda temporada da série. 

Quem é que já viu a série?

Quem gostou ou quem é que estava à espera de melhor?

Digam tudo nos comentários ;)

Kisses,

Mummy