Sobre o livro #2 "A Bibliotecária de Auschwitz".
Não sei o que estava exatamente à espera quando requisitei o livro.
Lembro-me de quando ouvi falar dele pela primeira vez que o título me chamou a atenção e pensei que deveria ser um livro interessante de descobrir.
Quando o encontrei na biblioteca, não hesitei e requisitei-o.
Li o resumo da história e comecei a imaginar as formas e as escolhas que o autor poderia ter feito para falar sobre a biblioteca mais pequena do mundo, numa época em que os livros eram condenados à fogueira, tal como os prisioneiros de Auschwitz estavam condenados às câmaras de gás.
Devido à temática em que está inserido, este livro não é de todo fácil de ler, as emoções são difíceis de digerir. O autor não é meigo na forma como descreve aquela realidade. O leitor sente o peso da descrição em cada palavra, em cada frase que lê. Por vezes, esse sentimento é ambíguo, torna a história difícil de avançar e de largar.
Pessoalmente, este livro foi muito complicado para mim de ler. Mais do que as emoções sentidas pelas personagens, foi o peso das descrições, a impotência de querer agir e não poder. Essa impotência está, aliás, muito bem retratada na personagem principal, Edita. A história é baseada em factos verídicos e os quais, estão bem documentados e explicados no final do livro. Mas não é só a Edita que mexe connosco, o próprio Freddy e o mistério, a paixão e a sua dedicação que nos fascina e não nos larga. Passei, literalmente, o livro todo a rezar para que eles sobrevivivessem. Se isso aconteceu ou não, têm de descobrir.
Leiam este livro. Não é fácil, mas vale a pena. Estamos a falar de campos de concentração, logo o assunto não pode ser fácil de digerir. Estamos a falar de vidas que se perderam, ora por capricho, ora por pura maldade. Estamos a falar de prisioneiros que ganhavam esperança ou um pouco mais de dignidade com os livros.
Por isso, sim, leiam este livro!
Kisses*