Hoje, venho falar-vos sobre a minha opinião de opiniões positivas ou negativas. Em qualquer lado, vê-se opiniões de livros, seja em blogs, instagram, youtube, twitter. As opiniões são prolíficas, mas é raro encontrar uma opinião negativa quando um livro não corresponde aos príncipios básicos da escrita. Sim, refiro-me a estrutura narrativa, ortografia, gramática, etc.
O ditado é antigo: cada cabeça, sua sentença. Mas existem parâmetros que deveriam ser iguais para todos. Existe uma grande diferença entre gostarmos de um livro e ele estar bem escrito. Quando me refiro a bem escrito, não me refiro a uma obra de arte, mas sim a um texto narrativo bem construído. Um texto, em que os seus elementos estejam bem definidos, em que os elementos linguísticos e gramaticais estejam em conformidade. Dito isto, existem livros que cumprem uma parte destes requisitos, mas não cumprem a outra. A culpa, se é que podemos dizer a culpa, não é só dos autores, é também partilhada pelos revisores e pelas editoras que representam.
Ao escrever uma estória, o autor está agarrado a ela, de forma única. É uma forte ligação emocional. Esta ligação reflete-se depois no processo de revisão que o próprio autor faz, antes de enviar à editora. O fato de rever, vezes sem conta, conduz o autor a um estado de exaustão que chega a um ponto que não "vê mais nada à frente", tal é o cansaço psicológico. Já para não referir do medo de retirar algo importante ao seu texto e deixá-lo sem nexo. Daí a importância do revisor, é ele que elimina as partes "chatas" ou dispensáveis, que verifica os aspetos gramaticais, ortográficos. Contudo, quando não há revisão, quem sofre é o texto e por conseguinte, o leitor que se depara com um texto final que não está próprio para consumo. É perante estes casos que não percebo a inexistência de críticas construtivas, que aos olhos do público em geral e do autor e da sua equipa poderão ser vistas como negativas, contudo necessárias para o melhoramento do escritor e da obra. Não existindo este tipo de análise, e só escrevendo, sob influência emocional, a nossa opinião do livro, não estamos a ajudar a literatura no seu todo.
Alimentando de forma positiva, com opiniões positivas e vendas, livros em que as temáticas das estórias não refletem uma análise mais profunda da narrativa, não podemos esperar textos de qualidade. Podemos exigir, porém, enquanto leitores e consumidores de literatura e cultura no geral. Podemos exigir textos com mais qualidade, nos quais os temas mais difíceis sejam o impulso da narrativa e não lá estejam apenas para "shock value". Podemos exigir uma melhor selecção de textos por parte das editoras e melhores condições de trabalho tanto para revisores, tradutores, paginadores, para todo o pessoal técnico que trabalha em livros.
Vivemos num mundo em que a frontalidade é confundida com a brutalidade. Vivemos num mundo em que o risco de sermos cancelados, por uma palavra dita ou escrita, é um risco iminente. Vivemos num mundo, em que podemos exigir mais e melhor. Mas para isso, temos de todos fazer a nossa parte. Isto é, quando for para opiniar, distinguir na nossa opinião a parte emocional da parte técnica.
Para a rúbrica de hoje de "Ontem, viste o episódio?" decidi fazer uma TAG. O objetivo da TAG será descrever uma série ou documentário somente com uma frase.
As séries e documentários que escolhi são, na sua maioria, somente de uma temporada ou então são miniséries, no caso dos documentários. Algumas acredito que terão uma segunda temporada, deixarei essa indicação. Contudo, não é uma confirmação oficial, só um gut feeling. Por último, todas estas sugestões podem ser encontradas na plataforma da netflix ou noutra plataforma ou site não-oficial.
Documentários
Inside of the Mind of a Killer - The Trials of Aaron Hernandez - A Ascensão e a queda de um jogador da NFL acusado de crimes de assassinato.
The Trials of Gabriel Fernandez - Um murro no estômago! (trigger warnings violência contra crianças)
The Devil Next Door - Uma caça a um antigo guarda de um campo de concentração.
We, The Marines- Com a voz de Gene Hackman, somos convencidos de que os Marines é que sabem e podem vencer o mundo.
The Circle of Evil- Conheçam os amigos psicopatas e sociopatas do círculo mais íntimo de Hitler.
La Famiglia - Como a religião católica se embrenha no cérebro de um grupo de pessoas que estão demasiado perto do poder.
Tokyo Trials - Conheçam o julgamento dos países perdedores da Segunda Guerra Mundial.
Cheer - Acham que a vida de cheerleaders é fácil? Assistam e depois digam se mantém a vossa opinião.
Todas estas séries podem encontrar na plataforma Netflix.
Este será a minha opinião nº 50 e não poderia ter escolhido um livro tão diferente das minhas leituras habituais.
Inesperadamente, ganhou um cantinho especial no meu coração.
Falo-vos do livro:
A Vida Livresca da Nina Hill de Abby Waxman.
Este livro foi uma lufada de ar fresco de tão fofinho que foi. Sim, é um livro sem grandes complexidades narrativas, mas não é por isso que perde a sua qualidade. Mas deixem-me contar um pouco da sinopse, o mais resumidamente possível.
A personagem Nina gosta da sua vida recheada de livros, das suas noites de quizz, é filha única e não conhecia da existência do pai... Ou melhor, deixou de ser verdade porque descobriu que tinha um pai...que entretanto morreu.
É partir deste ponto que vamos descobrindo o mundo de Nina, mas não só. Nina é descrita como uma personagem que sofre de ansiedade, que não gosta de conviver. Ela gosta de ter tudo sob controlo. Mas o controlo começa-lhe a fugir, a partir do momento em que descobre da existência do pai e de tudo o que isso acarreta. E é aqui que tudo muda. Para melhor ou pior? Têm de ler.
Num momento, em que falamos tanto de equílibrio entre vida e trabalho, na saúde mental, nos problemas que a ansieadade ou a depressão traz, é importante a existência deste tipo de histórias. As histórias servem para serem contadas e principalmente, em alguns temas, o leitor se identificar com algum contexto contado (claro que não me refiro aos thrillers, terror e afins) para perceber que a sua situação é mais "normal" do que acha. Quando li este livro, identifiquei-me com a necessidade que tenho tido de ter tudo sob controlo, ou mesmo o não querer estar com pessoas. E foi por isto, que foi uma lufada de ar fresco porque me fez perceber que aquilo que sentia era mais normal do que achava, naquele momento.
Aparte este pequeno desabafo, o que gostei mais do livro foi praticamente tudo. As personagens eram divertidas, diferentes umas das outras. Os diálogos eram fluídos, engraçados, cheio de notas deliciosas para quem ama ler e o mundo de livros.
Claro que sendo um livro fofinho, temos sempre o romance cliché, do género enemy to lovers, mas foi algo que não me deu vontade de fechar o livro. Fiquei apaixonada pelo mundo de Nina e pela primeira vez, gostava de ler a sequela, caso um dia venha a acontecer.
Livro ideal para:
Ler na praia
Beber um fino na esplanada, enquanto se apanha aquele sol bom
Para quando estamos com o coração apertado e precisamos daquele abraço.
Qual foi o último livro fofinho que vocês leram? Porque é que gostaram?
Contem-me tudo.
Kisses,
Tânia Oliveira
Passo a explicar: a personagem principal sofre de ansiedade, não gosta de sair da zona de conforto dela, gosta do meio de amigos, que são poucos, mas bons. No entanto, este é o ponto de partida para a reviravolta que irá ocorrer na sua vida.
Quanto a vocês desconheço se tal situação se aplica ou não, mas eu sou uma apaixonada por bibliotecas. As bibliotecas acabaram por desempenhar um papel muito importantena minha vida, enquanto leitora. Permitiram-me ler, quando não tinha condições financeiras para adquirir livros que satisfizessem o meu ritmo de leitura. Sem me aperceber fui desenvolvendo um hábito curioso, sempre que ia viver para uma cidade diferente ou tinha familiares que me ajudassem a devolver livros, criava um cartão da biblioteca.
Neste momento, existem 3 bibliotecas que frequento: a da terra dos meus pais, a da terra do meu namorado e na cidade em que vivo. As três complementam as minhas inconstantes vontades literárias.
Como o período de requisição ainda é grande, há uns dias, fui a duas bibliotecas e deixei-me perder e requisitar alguns livros. Neste post, vou-vos contar quais foram as minhas escolhas:
A Rapariga Sem Nome de Leslie Wolfe. Uma saga de thrillers, semelhante a tantas outras que existem, mas que eu não resisto a ler. Livro com cerca de páginas. Editora Alma dos Livros.
Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas. Livro bolso, volume 1 com 188 páginas. Viajei para Paris recentemente e de lá trouxe o desejo de ler alguns clássicos franceses. Editora Livros de Bolso Europa-América.
Os Insolentes de Marguerite Duras. Livro capa dura. Não conhecia a autora, nem a história, mas o título atraiu-me para conhecer mais. Com 219 páginas. Editora Coleção Mil Folhas - Público.
Mataram a Cotovia de Harper Lee. Um clássico contemporâneo da literatura. Vencedora de um prémio Pulitzer de Fição com este livro. Tema central: Racismo nos EUA durante a Grande Depressão. Faz parte do projeto 12 Meses, 12 livros (#leiturassemperguntas). Com 337 páginas. Editora Relógio D'Água.
O Bicho-da-Seda de Robert Galbraith. Livro nº2 da saga policial com Cormoran Strike, como personagem principal. Com cerca de 464 páginas. Editora Editorial Presença.
Hoje venho-vos falar de um livro pequenino, mas enorme na mensagem familiar que pretende transmitir.
Falo-vos do livro de Ricardo Tomaz Alves,
Onde As Cores Têm Sabor.
Neste livro, o autor encarnou o avô que virá, eventualmente, a ser um dia e ter uma conversa com um dos seus descendentes. Uma conversa que percorre os mais variados temas: viagens, diferenças e aventuras culturais, escolhas académicas e especialmente, seguirmos os nossos sonhos.
Quando li este livro, houve um pensamento que me veio logo à cabeça. Este livro seria o ideal para ler por qualquer adolescente que esteja prestes a entrar na vida adulta. O autor, de forma simples, coloca os principais pontos e dúvidas dos jovens em perspectiva. Todo o livro, irá vos fazer viajar até às memórias mais queridas que possam possuir com os vossos avós.
Devo confessar de que a minha parte favorita foram as viagens. Senti-me nos diversos países descritos tão bem pelo Ricardo.
É um livro pequeno, fluído que se lê bastante bem e rápido, dependendo do vosso ritmo de leitura. Um livro com uma história fofinha, recomendado para qualquer idade que nos aquece o coração.
Queria aproveitar para relembrar do giveaway que estou a realizar deste livro. É simples de participar. Partilhem a memória mais querida com os vossos avós no post abaixo: