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Não Me Façam Perguntas Difíceis a Esta Hora

Poderia ser um blog sobre tudo e mais alguma coisa, mas o principal são os livros.

Não Me Façam Perguntas Difíceis a Esta Hora

Poderia ser um blog sobre tudo e mais alguma coisa, mas o principal são os livros.

29.03.20

#21 TBR de Abril + Magical Readathon


Tânia Barriga

Hello. 

Descobri um desafio super giro para o mês de abril. Chama-se Magical Readathon e é organizado pela Booktuber Book Roast. Vou deixar aqui o link para quem quiser participar.

https://www.youtube.com/watch?v=QRuZ4EBkiKA

Este desafio pretende recriar os exames de Hogwarts, os OWL'S. Dependendo da carreira que escolhas, tens um determinado número de exames (prompts) para fazer. Cada exame (prompt) tem um desafio e temos de escolher um livro (físico ou em formato ebook) que se enquadre nessa categoria. Eu escolhi ser Auror e tenho 5 exames para fazer, o que equivale a 5 livros para ler. Somente um aparte, para quem estiver interessado em participar, vejam o vídeo ;) Ela explica tudo muito bem. 

Os exames que tenho de realizar são Charms, Defense Against the Dark Arts, Herbology, Potions e Transfiguration.

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Baunilha e Chocolate de Sveva Casati Modignani (Charms - capa branca ou na sua totalidade) ; A Nova Aventura dos Cinco de Enid Blyton (Potions - livro que tenha menos de 150 páginas) e Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los de J.K.Rowling (Herbology - Livro cujo título comece pela letra M). 

Os outros dois são os ebooks: Na Praia de Ian Mcewan (Defense Against dark Arts - livro que passe na costa) e O Estranho Caso de Benjamin Button de F. Scott Fitzgerald (Transfiguração - personagem que mude de forma)

Contudo, a verdadeira TBR de Abril será esta, a que vos mostro abaixo: 

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Mais os ebooks acima mencionados, mais os ebooks escritos por Nuno Nepomuceno que acompanham o livro A Morte do Papa (Raiva, Dor, Ira, O Assassino da Noite e O Beijo do Escorpião). 

Existem dois livros que serão re-leitura (7 dias, 7 noites e o Prisioneiro de Azkaban). Estou muito curiosa por ler os livros de Nuno Nepomuceno, João Tordo e J.K. Rowling. 

Quais são as vossas escolhas de leitura para o mês de Abril?

Partilhem tudo ;)

Kisses,

Mummy 

 

 

 

18.03.20

Sobre o Livro #32 O Tatuador de Auschwitz


Tânia Barriga

Olá.

O Tatuador de Auschwitz foi-me oferecido pela Blomreads numa troca de prendas de amigo secreto no Natal.

Se existia livro com o qual tinha muitas expectativas, era este.

Contudo, não consegui criar a ligação de que estava à espera. 

Mas antes de mais, vou-vos contar qual a sinopse deste livro.

Sinopse: Este livro é baseado na ida de Lale Sokolov para o campo de Birkenau-Auschwitz, onde é obrigado a tatuar os números dos prisioneiros nos antebraços. É lá que encontra o amor, no pior lugar do mundo, naquela época.  

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Este livro é baseado em fatos verídicos. A escritora, Heather Morris, passou mais de três anos a entrevistar Lale para poder contar a sua experiência indescritível ao mundo, desde o momento em que se voluntariou para poder salvar a família até ao momento em que conseguiu refazer a sua vida, depois de ter ultrapassado tantos obstáculos. 

Este livro mistura o passado de Lale, antes do campo, com o presente de Lale, com a vida dele no campo. A partir do momento, em que ele contra a Lale que o objetivo de Lale passa a ser sobreviver e a conquistar Gita. E é sob este aspeto que o livro assenta. A história é fluída e simples, apesar do tema que é retratado. Contudo, como leitora, não me consegui identificar com o livro, nem com as personagens principais. Consegui sentir mais empatia com as personagens secundárias, como a Cilka, ou a comunidade cigana ou as crianças. 

Na minha opinião, este livro poderia resumir-se como uma história de amor que ocorreu numa época horrível na história da Humanidade, que só pretendiam sobreviver e ter uma vida normal, sem serem julgados pela religião, cor da pele, ou mesmo nacionalidade.

Não obstante eu não ter conseguido criar uma ligação com este livro, não significa que não deva ser lido. Nós, leitores, temos opiniões muito subjetivas. O que me emociona a mim numa história, pode não emocionar outro leitor. E está tudo bem com isso! Não é por darmos 3 estrelas a um livro ou 4 estrelas que um livro é melhor ou pior. Depende muito do estado de espírito do leitor no momento, da forma como ele se conecta com a história e com as personagens. 

Mas leiam e criem as vossas opiniões e depois partilhem! O melhor deste mundo é ter alguém com quem discutir os livros lidos! 

Recomendo este livro a quem gosta de ler livros sobre os campos de concentração, como também a uma boa história de amor. 

Já leram esta história?

O que acharam? 

Partilhem nos comentários ;)

Kisses,

Mummy

 

 

 

15.03.20

Sobre o Livro #31 A Lua de Joana

Leitura conjunta com Bibidibooks


Tânia Barriga

Olá.

Já nem me recordo de qual dos dois li primeiro: A Lua de Joana ou os Filhos da Droga. Sei que li ambos há mais de 20 anos. Enquanto no primeiro, ainda fui ingénua e não consegui perceber as subtilezas da história contada pela Maria Teresa Maia Gonzalez, talvez por querer pensar de que tudo o que estava a ler era mentira e que realmente, a personagem principal não se tinha metido nas drogas. No segundo, essa ingenuidade ficou à porta, bem escondida, de todo o drama que as drogas fizeram passar Christiane F. 

Este livro, A Lua de Joana, foi um dos primeiros livros que li e de que precisei de fazer um grande luto. A história de uma rapariga, igual a tantas outras, que tinha perdido a sua melhor amiga para as drogas, com uma família que não tinha qualquer tipo de estrutura familiar emocional, a não ser por parte da avó, e com uma revolta tão grande contra o pai e contra o mundo que a fez percorrer o mesmo caminho que a sua amiga fizera. Este livro estava bem enterrado nas minhas primeiras memórias literárias, somente para ser renascido, devido ao livro da Helena Magalhães (Raparigas como Nós). Achei que a temática dos dois tinha uma grande semelhança, no que tocava à temática da droga. E desde então, não sai da minha cabeça. Voltou a surgir numa conversa com a Bibidibooks, em que combinamos ler este livro em conjunto e simplesmente conversar sobre ele. 

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Por isso, vamos lá à opinião sobre ele...

A Lua de Joana, como o próprio título indica, é sobre uma rapariga que se chama Joana e que perdeu a sua melhor amiga para o mundo das drogas. Sente o mundo dela a desmoronar-se à volta dela, por não conseguir encontrar uma resposta à pergunta que tanto anseia ver respondida: PORQUÊ?

Filha de um casal de classe média-alta, vá, cujo pai é um viciado no trabalho e não se quer envolver nos dramas domésticos da família e cuja mãe liga mais às aparências e ao filho mais velho do que propriamente à filha. O irmão para ela, não passa de um simples mimado, enquanto a avó Ju é a única que lhe dá o conforto emocional de que precisa. Na escola, tudo lhe parece estranho e não consegue retomar as amizades, como faria antigamente. Tenta agarrar-se à memória da amiga, a Marta, a todo o custo através do irmão, Diogo, e depois das drogas.

Este livro tem apenas 168 páginas, mas são 168 páginas que refutam todos os clichés relacionados com drogas, nomeadamente aquele que me enerva mais: "uma pessoa para quando quiser" ou o tão aclamado "ela é que não soube parar a tempo". Através das cartas que ela escreve a Marta vemos a sua luta interior. Numa primeira fase a tentativa dela de entender o porquê de ela se ter envolvido naquele mundo conjugado com a luta de ela aceitar que a amiga morreu. Numa segunda fase, o conhecer aquele mundo, as pessoas, os seus comportamentos e o facto de parecerem cheirar tão mal. Numa terceira fase, o ato de experimentar e o de se arrepender, logo de seguida. Na quarta e talvez última fase, o vai-volta de querer manter-se limpa e voltar a drogar-se. Claro que para ela se envolver em isto tudo, existiram "fatores" que a empurraram para esta situação. Mas será que podemos dizer que a culpa é só dos fatores externos ou a culpa não é somente da pessoa e da escolha que fez? Pois é, a culpa é só dela. Ela escolheu aquele caminho. Se ela tivesse outro tipo de ajuda, familiar e na escola, teria sido diferente? Talvez. Mas a escritora escolheu a via difícil, demonstrar como é fácil cair nas teias da droga e o quão é difícil dizermos que não!

Todo o livro é fácil de ler, de digerir, a conversa já seria outra. Há 20 anos era uma rapariga, hoje sou mãe e posso-vos confessar de que o final foi o mais complicado de digerir. Aquela dor que aquele pai sentia, apesar de todos os erros cometidos por ele, só o queria confortar. Mas o único conforto que ele encontrou foi no diário escrito pela filha e as palavras que lhe deixou. Mal ela sabia que ele um dia iria ler essas palavras e mal ele sabia que um dia ele teria tempo para falar com ela. 

Partilhem as vossas memórias que este livro vos deixou.

Kisses,

Mummy

 

 

14.03.20

Sobre o Livro #30 O Labirinto dos Espíritos

Conclusão da leitura da saga - O Cemitério dos Livros Esquecidos - #asombradoventosquad


Tânia Barriga

Olá :)

Antes de iniciar a recitar a minha opinião sobre este livro, queria só dizer que existem muitas coleções de livros por aí e qualquer uma delas pode marcar-nos de alguma forma. A saga d'O Cemitério dos Livros Esquecidos juntar-se-á às outras coleções que ocupam o meu coração. Obrigada, Carlos Ruíz Zafón. 

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Este livro é a conclusão de uma aventura épica que começou há alguns meses com o simples objetivo de (re)ler a obra, A Sombra do Vento, do mesmo autor. As obras anteriores são : A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo e O Prisioneiro do Céu. Aconselho, vivamente, a lerem por esta ordem, irão compreender muito melhor todo o universo criado pelo autor, tal como as suas personagens. 

O Labirinto dos Espíritos é um livro que possui diversas histórias que se interligam de uma forma viciante para o leitor. Cada parte do livro concentra-se numa cidade ou numa época e a ação acompanha todas estas fases. A ação varia entre Madrid ou Barcelona ou em lugares emblemáticos para o desenrolar da história. Em muitos destes lugares, acontecem milagres ou cenas horripilantes. As descrições de algumas destas passagens podem levar o leitor: 

a) a quererem fechar o livro por raiva;

b) a quererem matar alguma personagem por estarem a prejudicar a vossa personagem predileta;

c) a assistirem ao vosso coração a derreter com passagens tão marcantes e tristes ao mesmo tempo. 

Se as mesmas serão justas ou não, caberá ao leitor, tomar a decisão final. 

Mas esta para mim, ainda não é a melhor parte. O melhor desta obra são as personagens. Encontramos um rol de respostas que vinham desde o primeiro livro, como também nos deparamos com personagens antigas e novas. Reencontramos velhos e novos ódios de estimação, como também mergulhamos no maravilhoso mundo das personagens femininas criadas por Zafón (desde a mulher de família, até à mulher cristã ou mesmo passando pela mulher que renasce para se vingar), como também pelas personagens masculinas carismáticas e que habitam o nosso coração desde sempre, como o nosso querido eloquente e sarcástico Férmin. 

Zafón é mestre em criar personagens diabólicas. Neste livro, conhecemos o Leandro, que é simplesmente, um sociopata com requinte e bom gosto. Ele possui o dom de resgatar raparigas destruídas para as reconstruir para seu bel-prazer e quando elas deixam de ser úteis... 

Conhecemos também Hendaya, discípulo de Fumero, que com ele aprendeu, a melhorar até, as artes do interrogatório - ou como se chama em lugares civilizados - tortura. Quando achamos que não poderia existir ninguém pior do que o Fumero, Zafón criou Hendaya para nos mostrar o quão enganados estávamos. 

Reencontramos Mauricio Valls, personagem que vinha do livro O Prisioneiro do Céu, e apesar de todo o mal que ele fez, o final foi merecido e o desenrolar da trama foi épico e muito merecido. 

Alicia é a minha personagem preferida deste livro. Renasce de um cenário de guerra, para se transformar numa femme fatale ou simplesmente, numa pessoa de quem precisa que cuidem dela, mas cujo orgulho impede o pedido de ser concretizado. 

Mataix e a história da sua família, para mim, foi o que me custou mais ler. Partiu-me o coração. Férmin, com a sua retórica sarcástica e eloquente; Isabella, com o seu sentido de justiça; David, o eterno atormentado; o Pai Sempere, com a sua bondade infinita; Bea, uma mulher com mais corajosa do que muitos homens; Daniel, o rapaz que só quer fazer o bem, mas que só se mete em confusões; Isaac, guardião dos livros; Carax, o detentor da caneta de Victor Hugo e da magia que ela desenhava, entre tantas outras personagens que ficarão para sempre guardadas na minha memória. 

Embora o final não seja aquele final épico de que o leitor estará à espera, na minha opinião foi o mais indicado. Só um aparte, o final, apesar de tudo, não gostei do papel da Valentina. Era desnecessário. 

Para concluir, devo dizer que amei a conclusão desta saga e da companhia das meninas que fizeram parte do grupo #asombradoventosquad. 

Quem é que leu esta saga?

O que é que acharam desta obra?

Personagens favoritas?

Ódios de estimação?

Partilhem tudo nos comentários :)

Kisses, 

Mummy 

 

09.03.20

Sobre o Livro #29 O Prisioneiro do Céu (tem spoilers!)

Continuação da leitura da saga - O Cemitério dos Livros Esquecidos - #asombradoventosquad


Tânia Barriga

Hello. 

O Prisioneiro do Céu é o terceiro livro da coleção escrita por Carlos Ruíz Zafón do "Cemitério dos Livros Esquecidos". 

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Lembro-me de que a primeira reação de que tive foi que livro tão pequeno quando comparado aos outros 3 desta coletânea. Só possui 393 páginas contra as 521 páginas d'A Sombra do Vento, as 576 páginas e as 845 páginas do Labirinto dos Espíritos. Vi esta informação no Goodreads e por curiosidade li os primeiros comentários sobre o livro, um deles dizia algo parecido a "Zafón tinha sido pressionado a escrever depressa e este livro não tinha a qualidade dos outros." Comprei-o à mesma, mas admito, mea culpa, fiquei ligeiramente apreensiva. Aquele comentário fez-me balançar e ainda nem sequer tinha dado uma oportunidade ao livro. Li-o e senti os estilhaços do telhado de vidro a caírem sobre mim. 

Simplesmente adorei a história por uma simples razão: podemos conhecer o passado tenebroso de uma das personagens mais queridas e cómicas desta saga, Fermín Torres. A sua história confunde-se com a história do Conde de Monte Cristo escrito por Alexandre Dumas, todas as artimanhas usadas e verificar como a maldade, a inveja e mesquinhez humana viajam de livro para livro somente para mudarem de nome, refiro-me, obviamente para quem conhece, ao Mauricio Valls. A forma como Zafón imaginou todo este ambiente ao criar ligações diretas ou indiretas entre as várias personagens, ainda hoje me surpreende. Para quem já leu, sabe que falo da personagem de David Martín que, no final do livro O Jogo do Anjo, "parecia ter ficado bem", mas que parte o coração ao leitor com o seu sofrimento e sentido de justiça. Apesar de serem poucas personagens a entrarem neste livro, quando comparado aos outros, todas as "personagens boas" ou que se pautam pelo bem sofrem imenso neste livro, o que simplesmente me revoltou imenso. 

No fundo, Zafón já nos estava a preparar para o que vinha aí no último livro, O Labirinto dos Espíritos. O leitor é que não sabia.

Duas últimas notas:

1ª O autor refere que cada livro é independente, no sentido de que não é preciso ler por uma ordem específica para se entender a história. É verdade, o leitor entende a história, mas eu discordo do autor. Acho que se deve ler pela ordem que ele escreveu. A experiência para o leitor é outra. 

2ª Apesar de ter amado outras personagens de Zafón, atrevo-me a dizer de que Fermín Torres é uma das minhas preferidas. 

 

08.03.20

#20 Repost - Dia Internacional da Mulher


Tânia Barriga

Hello.

Deixo aqui os links dos posts das Rúbricas que escrevi, precisamente, há um ano sobre este dia, na perspetiva da Mummy e da Baby.

Para quem não leu, espero que goste.

Para quem já leu, espero que goste de reler. 

https://naomefacamperguntasdificeis.blogs.sapo.pt/my-mummy-drives-me-crazy-3-edicao-de-15354

https://naomefacamperguntasdificeis.blogs.sapo.pt/my-baby-drives-me-crazy-5-edicao-de-14171

Kisses,

Mummy and Baby