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Não Me Façam Perguntas Difíceis a Esta Hora

Blog sobre Livros, Cinema e Séries, mas principalmente sobre livros. Sem esquecer, as peripécias com a filha ou mesmo sem ela...

Não Me Façam Perguntas Difíceis a Esta Hora

Blog sobre Livros, Cinema e Séries, mas principalmente sobre livros. Sem esquecer, as peripécias com a filha ou mesmo sem ela...

12.05.19

Ontem, viste o episódio?#12 Green Book


Tânia Oliveira

"Tony Lip: The world's full of lonely people afraid to make the first move."

Bom dia :)

Hoje a crónica Ontem, viste o episódio? é sobre o filme Green Book. 

Este filme ocorre nos anos 60, nos EUA, e foi baseado numa amizade verídica entre dois seres humanos pouco prováveis para a época em questão: um afro-americano, interpretado por Mahershala Ali (Dr. Donald Shirley), e um norte-americano de origem italiana, interpretado por Viggo Mortensen (Tony Lip).  Somente para contextualizar o período social que se vivia na época: os EUA estavam divididos em duas partes, o Norte que aprovava o fim da segregação racial, ou seja, tratamento igual para qualquer raça, fosse ela branca ou negra; embora o Sul tivesse "aceitado" este fim (não sem antes terem dado luta, obviamente), ainda existiam estados que se regiam pelas normais sociais antigas, ou seja, os brancos eram considerados superiores e os negros inferiores, não possuindo os mesmos direitos que os brancos. Para piorar esta tensão social, existiam estados no Sul piores do que outros. Para atenuar esta tensão, todos os anos, publicavam um livro (Green Book) que tinha todas as localizações de lugares públicos (desde restaurantes, cafés, pensões, hotéis), onde pessoas de raça negra poderiam entrar, sem quaisquer tipo de problemas. Toda esta situação social está bem retratada no filme, sem ser demasiado óbvia ou forçada, o que constitui um dos pontos positivos do filme. Tendo este panorama em mente, o enredo baseia-se na amizade que se foi construindo entre estes dois homens, ao longo de uma viagem pelo Sul dos EUA. Dr. Donald Shirley necessitava de um motorista e um assistente pessoal que o auxiliasse durante essa tour, seguindo as instruções dadas pelo Green Book. Esse posto foi ocupado por Tony Lip, um homem racista e possuidor de uma lábia capaz de dar a volta a qualquer situação. 

Porque é que aconselho todos a verem este filme? Este filme está bem conseguido pelas interpretações dos atores Mahershala Ali e Viggo Mortensen. Estes dois atores encarnaram estas duas pessoas, como uma autenticidade impressionante. Os gestos, a forma como falavam, os olhares, foi tudo pensado e interpretado com mestria. Muitas das cenas poderiam ter caído no óbvio, no facilitismo, mas tal não ocorreu e o filme só ganhou com isso. No filme não abordou exclusivamente a polémica temática do racismo, mas também o homossexualismo, o preconceito do racismo tanto no Norte, como no Sul, o papel da mulher de origem italiana no Norte. Todos estes assuntos não foram impostos, mas sim incluídos ao longo do filme, de forma bastante natural e suave, dando espaço aos atores para interpretarem, muitas vezes, sem falarem. 

Devo admitir que as minhas partes preferidas são os momentos entre o Dr. Shirley e Tony e o final. No final, quando Tony decide se o seu patrão toca ou não, pode ver-se o momento que a consciência de Tony muda e posso-vos dizer que é simplesmente emocionante. 

Devo também admitir que não fiquei surpreendida pela vitória, mais que merecida, deste filme nos Óscares. Para mim, foi um dos poucos filmes que merecia estar nomeado na categoria de Melhor Filme. Fiquei um pouco receosa, por momentos achei que iam basear a vitória de Melhor Filme do Ano numa simples atuação, a de Lady Gaga no filme Shadow, mas depois vi que justiça foi feita. Tive pena que Viggo Mortensen não tenha ganho o Óscar de Melhor Ator Principal, mas também penso que ficou bem entregue a Rami Malek, em Bohemian Rhapsody. Contudo, fiquei muito contente pelo Óscar de Melhor Ator Secundário ter sido entregue a Mahershala Ali. 

Quanto a vocês, gostaram ou nem por isso?

Partilhem a vossa opinião nos comentários ;)

xoxo,

Mummy

09.05.19

#13 A Minha Lista de Desejos


Tânia Oliveira

Bom dia.

Hoje é o meu aniversário :) Lembrei-me de formular uma lista de desejos, não de livros ou de outro tipo de objetos, mas sim de escritores que me marcaram e que eu adorava ter tido ou adorava ter a oportunidade de, simplesmente, agradecer pela obra feita. A ordem é irrelevante e não demonstra qualquer tipo de avaliação sobre a obra dos mesmos. A ordem será feita, tendo como base o primeiro contato que tive com a obra do escritor. 

Comecemos:

1º - Álvaro Magalhães e a sua famosa coleção "O Triângulo Jota"

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Lembro-me que estava no segundo ciclo e descobri um livro da coleção Triângulo Jota, por acaso. Nem foi o primeiro da coleção que li, acho que foi o segundo ou o terceiro. Eu que gosto de ler as coleções de início para não perder as pequenas subtilezas que viajam de número para número. Posso-vos dizer, ou melhor confessar, que fiquei rendida. Enquanto muitos, na minha escola, lutavam ou requisitavam livros da coleção Uma Aventura, eu só pensava n'O Triângulo Jota. Li os poucos livros da coleção da minha biblioteca num abrir e fechar de olhos. E só descansei quando encontrei o resto da coleção na Biblioteca Municipal e devorei o resto da coleção. Depois cresci e não procurei mais. Mas enquanto era pré-adolescente comecei a coleção e ainda hoje, ando à procura desses livros com a capa antiga. Por isso, se alguém os tiver e quiser vender, entre em contato comigo. Fariam, sem mais a sombra de dúvida, uma pré-adolescente feliz. 

2º Agatha Christie e os seus famosos mistérios

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Também conheci a Agatha Christie na minha pré-adolescência a entrar já na adolescência. Não li todos os livros dela, nem de perto, nem de longe, mas sempre que requisitava um livro dela, tentava adivinhar quem era o assassino. Falhava sempre. Impressionante! Acho que o Álvaro tinha semeado o bichinho pela leitura dos policiais/mistérios, mas a Agatha foi, sem dúvida, a responsável pelo crescimento do meu interesse. Até hoje, ela representa para mim, uma fonte de inspiração quanto a escrever mistérios. 

3. J.K.Rowling e a coleção do Harry Potter

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Hoje sou fã de Harry Potter, mas já fui maluquinha por Harry Potter. Contava os dias, os meses para sair um novo livro, um novo filme. Mas antes de ser fã de Harry Potter, admito que não lhe achava piada nenhuma. Dizia que aquilo devia ser uma seca e não percebia o entusiasmo das pessoas. Mas como os telhados são de vidro e este caiu-me bem em cima, houve um verão que estava aborrecida e li um exemplar de Harry Potter que me tinham oferecido. Posso-vos dizer que quando comecei a ler, não consegui parar de ler. Lembro-me de ter visto os filmes todos com uma das minhas melhores amigas. Vimos os filmes todos juntas! Memórias que ficam! Saudades dos livros e dos filmes!

4. José Saramago e O Ensaio sobre a Cegueira

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Li um livro e meio de Saramago: O Ensaio sobre a Cegueira e metade do Memorial do Convento. 

O que me marcou foi a metáfora social, a crítica implícita, a descrição crua e impediosa do livro, Ensaio sobre a Cegueira. Até hoje, recordo o livro, em particular as descrições feitas por Saramago. Li o livro, antes sequer de ver o filme. Quem leu o livro ou viu o filme, ou teve coragem de fazer os dois, entende perfeitamente o que vou dizer a seguir: depois de ler o livro, não tive coragem de ver o filme. Obrigada por esta obra-prima!

5. Luis Miguel Rocha e os livros sobre o Vaticano

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Tive o privilégio de conhecer este escritor e de assistir a uma das apresentações dele sobre o livro "A Filha do Papa". Adorei a forma como ele comunicou com o público presente, a disponibilidade dele de me autografar todos os livros dele e a simpatia que teve ao deixar-me tirar uma foto com ele. Guardo os seus livros com muito carinho. Grata, Luis, pelas histórias, pela história de amor entre Rafael e Sara e pelas intrigas escritas, tudo junto fez com que fosse impossível não ler os teus livros. Saudades!

Menção Honrosa

Daniel Silva e a coleção sobre Gabriel Allon

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Quem gosta de mistérios, de policiais, de personagens bem construídas, tem de ler os livros sobre a personagem Gabriel Allon. Os livros podem ler-se de forma independente, mas aconselho vivamente a lerem pela ordem publicada. Vale a pena e não dá trabalho nenhum. Deixo aqui o link dos goodreads com a ordem dos livros, caso tenham curiosidade.  

Quais é que são os vossos desejos literários?

Quem amavam ter oportunidade de conhecer?

Partilhem os vossos desejos nos comentários ;)

xoxo, 

Mummy 

08.05.19

Ontem, viste o episódio?#11 A Star Is Born


Tânia Oliveira

Bom dia :)

Hoje a crónica Ontem, viste o episódio? recai sobre um remake de há alguns meses que tinha um casal que conseguiu encher várias páginas de jornais e revistas, como também muitas páginas na internet. Sim, estou a falar de Bradley Cooper e Lady Gaga e sim do remake que protagonizaram juntas, A Star Is Born

A história deste filme foi realizada, pela primeira vez, em 1937, com Janet Gaynor e Fredrich March nos principais papéis. O primeiro remake chegou aos cinemas em 1954, com Judy Garland e James Mason como protoganistas. O segundo remake foi protagonizado por Barbra Streisand e Kris Kristofferson, em 1976. O terceiro chegou pelas mãos de Bradley Cooper, também como realizador, em 2018. 

A história deste filme baseia-se em dois cantores e na sua relação. Bradley Cooper, Jack Maine, é um cantor já com carreira feita e a atravessar uma fase difícil, ao mesmo tempo que se debate com um problema sério de álcool. Enquanto por outro lado, temos Lady Gaga, Ally, que luta por uma oportunidade no mundo da música, sem sucesso. Sendo infeliz num trabalho part-time e tendo uma relação difícil com o seu pai, que não tem de todo os pés assentes na terra. Obviamente, Jack e Ally apaixonam-se e começam a ter uma relação que corre muito bem no início. Todavia, quando a carreira de Ally começa a ganhar asas, a relação deles começa a cair por terra. 

Na altura em que o filme estreou, foram muitas as reações emocionadas espalhadas pela internet. Muitos encararam este filme como algo épico, como algo transcendente. Como uma grande história de amor. Lamento, mas não devemos ter visto o mesmo filme. Não achei nada de épico. Achei que era um filme básico sobre uma história de amor comum, que acabou tragicamente. De resto, vê-se esse género de histórias durante todo o ano nas salas de cinema. 

Contudo, o filme possui aspetos positivos. A atuação musical de Lady Gaga é memorável, em qualquer dos momentos em que canta no filme. A performance de Bradley Cooper também é boa, mas nada comparável à de Lady Gaga. O talento dela é inegável, quer a pessoa goste ou não do tipo de música que faz. Destes momentos musicais todos, os que mais gostei foram a primeira atuação de Jack e Ally; como também a homenagem que faz ao marido, no final do filme. 

Uma das cenas que também me tocou particularmente, foi a cena de suicídio de Jack. O jogo de silêncio, luzes foi de génios. Muito bem realizada e com uma sensibilidade tocante. 

Apesar do filme não possuir aspetos negativos, também não possuía aspetos positivos suficientes para ter sido nomeado para um Óscar de Melhor Filme. Acredito que a atuação de Lady Gaga deixou de tal forma o público deslumbrado, embasbacado até, que os confundiu. Ou seja, acharam que por terem algumas atuações musicais de qualidade no filme, que isso significava que o filme, no todo, tinha qualidade. Qualidade suficiente para ser nomeado, entre outras nomeações, para a categoria de Melhor Filme. Sem surpresas, pelo menos para mim, logicamente não ganhou nessa categoria. Só ganhou na categoria de Melhor Música Original, com Shallow. Surpreendidos? Eu não. 

Quanto a vocês, gostaram ou nem por isso? Ou também ficaram como muitos, foi um nim?

Partilhem a vossa opinião nos comentários ;)

xoxo, 

Mummy

 

05.05.19

My Baby Drives Me Crazy #6 - edição de abril 2019


Tânia Oliveira

Olá, 

Tal como aconteceu no Dia Internacional da Mulher, dia 8 de Março, também hoje no Dia da Mãe, vou publicar as duas crónicas no mesmo dia. Espero que gostem :) 

 

"Hello, Baby. 

Hoje é o Dia da Mãe ou também conhecido como:

o Dia em que a Tua Mummy não devia trabalhar ou fazer as coisas normais;

ou 

o Dia em que reconheces, nem que seja por uma questão de horas, que a tua Mummy tem sempre razão;

ou 

o Dia em que te lembras que gostas mais da Mummy do que de chocolates e como hoje podes ficar lamechas, 'bora lá publicar uma foto de momentos nossos numa rede social qualquer. (Não te preocupes que já tratei deste ponto.)

Então hoje deveria dissertar sobre o amor infinito que sinto por ti, pelos sacrifícios que faço por ti e NÃO ME IMPORTO (!), pela forma como me abraças e me sabe melhor do que comer uma fatia de um bolo de brigadeiro, enfim... Já percebeste a ideia! Mas como eu já faço isto nos outros 364 ou 365 (dependendo se o ano é bissexto ou não), vamos lá divagar sobre as tuas outras facetas, sobre as tuas qualidades escondidas que só eu tenho o (des)prazer de conhecer. Prometo que tentarei ser o mais justa possível. Só vou nomear três coisinhas fofinhas que tu tens, vá. 

A primeira: quando te vou buscar ao autocarro. 

Lá chegas tu, depois de um dia na creche, carente dos mimos da mãe, já cansada de ouvir os gritos ou as vozes das auxiliares, talvez sedenta de brincar mais com os teus colegas quando de repente... Chega a tua vez de descer do autocarro. Desces a sorrir, não fazes birra e o melhor de tudo, vens logo ao meu colo. Juro que até parece cena de um filme. Até que a Mummy te pede um beijo e tu nada. A Mummy diz-te "Boa tarde" e tu nada. A Mummy chega ao pé do carro para te colocar no banco e qual é a primeira coisa que dizes?! É Mummy? NÃO! É olá? NÃOO! É gosto de ti? NÃOOOOO! (Vã agora já estou a exagerar.) É chupeta. E depois não te calas, enquanto eu não ta dar. Pior, dou-ta e não me ligas nenhuma. Shame on you! 

A segunda: hora da refeição. 

- Baby, sentas-te na tua cadeira, aqui ao lado da Mummy?

- Não. Aqui (apontando para a cadeira onde me vou sentar.)

Moral da história: Ela senta-se ao meu colo e com o prato dela à frente dela, onde é que ela vai buscar a comida? Vá, Mummies, Tias, Irmãs mais velhas ou mais novas do outro lado do ecrã é preciso dar a resposta ou chegam lá sozinhas? Claro que é ao dela...só que não. 

A terceira: hora do deitar. 

Aqui em casa, existe uma regra, às 21h a Baby vai para a cama. Já veste o pijama sozinha, lava os dentes sozinha e não e preciso ficar ao pé dela, até ela a adormecer, como acontece com qualquer criança de quase 3 anos. É preciso revelar quantas vezes digo, em média, dorme Baby? Essas mesmo que estão a pensar, agora multipliquem por dois. 

Agora, a sério, a Mummy podia escrever muitas palavras bonitas, daquelas que as outras Mummies escrevem tão naturalmente, e bem, mas essas guardo-as só para os teus ouvidos. Reservo-as para os outros 364 ou 365 dias do ano (dependendo se é um ano bissexto ou não). 

Love,

Mummy."

 

 

05.05.19

My Mummy Drives Me Crazy #4 - edição de abril 2019


Tânia Oliveira

"Hello, Mummy. 

Feliz Dia da Mãe ou como eu gosto de dizer: "Estás tão bonita, Mummy. Dás-me dinheiro para ir comprar chocolate?".

Estou a brincar contigo, Mummy. Hoje, mais do que nunca, deveria ser o dia em que eu te digo o quanto tu és importante para mim, o quanto te adoro, aquelas lamechices que todas as mães gostam de ouvir, mesmo quando não admitem. Mas, um passarinho veio-me contar que tu, minha Mummy querida, estiveste a contar três coisinhas embaraçosas sobre mim. Por isso, é mais do que justo que eu retribua o amor, tal como tu me ensinas durante todo o ano, seja ele bissexto ou não. Também vou ser fofinha, Mummy, só vou nomear três coisinhas vá. 

A primeira: quando vou para o autocarro. 

Mummy já tenho quase 3 anos. Vou repetir quase 3 anos. Logo, não preciso que me leves ao colo para o autocarro e me enchas de beijinhos, especialmente em frente às auxiliares. Elas pensam que eu ainda sou uma criança pequena, mas eu já tenho quase 3 anos. Por isso, espaço. Tens de me dar espaço! Babies do outro lado ecrã, who's with me?

A segunda: a hora da refeição. 

Quando me perguntas em que lugar me quero sentar à mesa, a minha vontade é de gritar a plenos pulmões: "No meu lugar.", mas depois olho para o teu rosto, e ele está a implorar que eu me sente ao teu colo e mais, que partilhemos a mesma comida e como menina bem educada e obediente que sou, digo que não. Por isso, é que me sento no teu colo e por conseguinte, como parte da tua comida. Aliás, eu estou a crescer e preciso de comer, certooooo? Kids, who's with me?

A terceira: a hora de dormir. 

Às 21h, lá tenho eu de ir para a cama. Mas eu não tenho sono, quero falar, quero partilhar o que fiz durante o dia. Mas, principalmente, acho que ficas tão bonita quando te irritas.Por isso, é que estou sempre a adiar a hora de dormir. No fundo, gosto de apreciar a tua beleza antes de ir dormir. Children, who's with me?

Mas, vá, Mummy, sabes que no fundo, eu adoro-te e adoro ver o brilho nos teus olhos quando olhas para mim. Adoro quando me perguntas, "Onde está o meu abraço preferido?", mas o que adoro mesmo é quando me dizes ao ouvido o quanto gostas de mim. E adoro que faças isso durante todo o ano, seja ele bissexto ou não. 

Love,

Baby."

 

 

04.05.19

Ontem, viste o episódio? #10 Coisa Mais Linda


Tânia Oliveira

"Nunca deixem os seus maridos controlarem o seu dinheiro.

Muito menos as suas vidas."

Mallu in Coisa Mais Linda

Bom dia :)

Deus inventou muitas coisas boas e muitas coisas más e depois a inventou a NETFLIX! Thanks ;)

Jokes aside, vamos lá falar de algo realmente importante, a série brasileira Coisa Mais Linda mais badalada, como diriam os nossos amigos brasileiros. 

Admito que demorei a interessar-me pela série, parecia ser demasiado romântico, demasiado lamechas. Não poderia estar mais errada! Aqui deixo-vos 7 razões pelas quais todas devemos ver esta série. 

Sinopse

Uma dona de casa sai de casa dos pais para ir ter ao encontro do marido, que está no Rio de Janeiro. Quando lá chega, depara-se com o desaparecimento dele e com a existência de uma possível amante. Mesmo encontrando-se nesta situação, fica no Rio de Janeiro com o intuito de abrir um bar de bossa nova. A ação passa-se nos anos 50. 

1. Uma série sobre girlpower. 

Anos 50. Em qualquer sociedade no mundo, o papel da mulher estava condicionado pela vontade do homem. Eram raros os casos, em que a mulher conseguia o poder por si própria, conseguia vencer, derrubar obstáculos e singrar em nome próprio. Se querem exemplos de girl power, de mulheres que ultrapassaram barreiras e a singrarem ainda que seja na ficção, então vejam esta série. 

2. A sociedade e o papel do homem. 

Anos 50, outra vez, I know. A sociedade brasileira é machista, o homem tem o poder todo na mão e dependendo da forma como ele foi educado, ora por uma mãe com uma visão mais moderna ou tradicionalista, é um filho da put* ou um homem considerado normal, segundo os nossos padrões. Nesta série, há de tudo um pouco. A melhor parte, é que nem todo o filho da put* é isento de sentimentos, nem todo o homem normal é perfeito, sem defeitos, sem passado e sem arrependimentos, 

3.Todas iguais, todas diferentes. 

São 4 protagonistas. 4 estórias diferentes. 4 formas de vida bastante diferentes. Alguns aspetos em comum, mas alguns bem diferentes. But, hey, thanks god for that, right?! É bom assistir a esta diversidade, a um mundo não cor-de-rosa. A uma realidade fictícia, mas que poderia muito bem não o ser. 

4. Música brasileira. 

Um dos pontos altos desta série é a música brasileira, em particular a bossa nova e o samba. Têm poucos momentos que são, exclusivamente, dedicados à música. Refiro-me a atuações ou às próprias personagens a cantarem. Todavia as cenas feitas são algo de tocante. Podem não constituir uma epopeia cinematográfica, mas somente a emoção que transmitem é como se fossem. A música brasileira dos anos 50, mais do que ser cantada, era vivida, pelo menos a representada na série. Não mexia só com os sentidos, mexia com a alma. 

5. O elenco feminino. 

O elenco feminino é único. É diversificado, mas o talento não dispersa. Aliás, o facto de ser diversificado e de terem construído variadas histórias com as quais as mulheres se podem identificar, em qualquer fase da vida é somente um bónus. Tudo muda de um momento para o outro e poder acompanhar essas mudanças e nos podermos reconhecermos em algumas situações é simplesmente maravilhoso. Mesmo que a ação se passe nos anos 50 e nós estejamos já no século XXI. Curioso, como ainda nos identificamos com atitudes e situações dos anos 50. 

6. O segundo tema central: o amor. 

O amor rege tudo: seja o amor que se sinta por uma pessoa, por uma forma de arte ou mesmo, por uma forma de viver. Nesta série ganha mais destaque o amor pelas coisas, pela independência, pelos direitos, pela direito a ter uma voz e dizer que sim ou que não, pelo direito à escolha do que propriamente o amor entre as personagens. Embora exista e tenha o seu espaço, na minha opinião, não brilha tanto como o primeiro tipo de amor referido. 

7. Vestuário, maquilhagem, os maneirismos, os adereços. 

Adorei os pormenores do guarda-roupa, da maquilhagem adequada a cada estrato social e também ao espaço envolvente, quer fosse a favela, quer fosse a cidade. Os diálogos, os gestos foram todos pensados ao pormenor dos anos 50 da sociedade brasileira. As paisagens que são representadas na série são dignas de postais. 

O desfecho da série ficou aberto, por isso, estou a contar os dias, as horas para a segunda temporada da série. 

Quem é que já viu a série?

Quem gostou ou quem é que estava à espera de melhor?

Digam tudo nos comentários ;)

Kisses,

Mummy