Não sei o que estava exatamente à espera quando requisitei o livro.
Lembro-me de quando ouvi falar dele pela primeira vez que o título me chamou a atenção e pensei que deveria ser um livro interessante de descobrir.
Quando o encontrei na biblioteca, não hesitei e requisitei-o.
Li o resumo da história e comecei a imaginar as formas e as escolhas que o autor poderia ter feito para falar sobre a biblioteca mais pequena do mundo, numa época em que os livros eram condenados à fogueira, tal como os prisioneiros de Auschwitz estavam condenados às câmaras de gás.
Devido à temática em que está inserido, este livro não é de todo fácil de ler, as emoções são difíceis de digerir. O autor não é meigo na forma como descreve aquela realidade. O leitor sente o peso da descrição em cada palavra, em cada frase que lê. Por vezes, esse sentimento é ambíguo, torna a história difícil de avançar e de largar.
Pessoalmente, este livro foi muito complicado para mim de ler. Mais do que as emoções sentidas pelas personagens, foi o peso das descrições, a impotência de querer agir e não poder. Essa impotência está, aliás, muito bem retratada na personagem principal, Edita. A história é baseada em factos verídicos e os quais, estão bem documentados e explicados no final do livro. Mas não é só a Edita que mexe connosco, o próprio Freddy e o mistério, a paixão e a sua dedicação que nos fascina e não nos larga. Passei, literalmente, o livro todo a rezar para que eles sobrevivivessem. Se isso aconteceu ou não, têm de descobrir.
Leiam este livro. Não é fácil, mas vale a pena. Estamos a falar de campos de concentração, logo o assunto não pode ser fácil de digerir. Estamos a falar de vidas que se perderam, ora por capricho, ora por pura maldade. Estamos a falar de prisioneiros que ganhavam esperança ou um pouco mais de dignidade com os livros.
(Vamos fingir que estamos na 3ª quarta-feira do mês de janeiro, que a Baby não ficou doente, a Mummy não ficou inundada numa completa desorganização e que todos rezam para que o mês de janeiro acabe e ele parece que nunca mais acaba).
Hello, Everybody :)
How are you?
Estou a brincar, está tudo bem por aí?
Vou aproveitar que a minha Mummy está a dormir, supostamente, cansada para falar sobre a realidade dos bebés, pela perspectiva dos bebés.
Aviso já que se vierem para aqui mandar bitaites, eu respondo e não prometo que será com boa-educação já que a minha Mummy não me consegue controlar. Just Kidding, quando ela diz o meu nome todo, eu até faço cocó ahah.
Mas voltando ao que me trouxe aqui, vamos falar da última vez em que estive doente e do transtorno que isso causou na minha vida. Sim, eu não me enganei, foi na minha vida, não na vida dos meus pais. Parents, please!
Então fiquei doente e eu acho que já só capaz de tomar conta de mim. Mas a Mummy faz logo um drama, quando lhe peço para ir às urgências, sozinha. Não há cá nada de ir com os Parents. Again, Parents, Please!
Sabem o filme que ela fez?
- Tu estás doida?! Achas que eu te vou deixar conduzir um carro, S-O-Z-I-N-H-A, COM 38º C de febre, tu ainda não tens experiência em conduzir sozinha, quanto mais com febre. Ai, valha-me Deus, o que é que é mais esta cachopa me vai pedir.
Pois, eu também não! Coloquei os auscultadores e comecei a ouvir música, enquanto ela bracejava com os braços e imaginei, pura e simplesmente, que ela dizia o seguinte:
- Baby, meu amor, eu sei que tu és capaz de ir ao médico e relatar todos os sintomas que tu tens. Tu és tão inteligente e independente! Tu nem precisavas de mim, nem do teu Daddy. Ai quem me dera ser como tu, quando tinha a tua idade.
Resumindo e concluindo, fiquei em casa, doente, não pude dar nenhuma festa, nem ir ao parque ter com a minha crew. E mais, enfiaram-me o antibiótico pela goela abaixo, como se fosse algo super delicioso.
Só me apetecia dizer-lhes:
-Se é assim tão bom, porque é que não o bebem vocês?!
A minha Mummy olha para mim, quase a adivinhar o que estou a pensar e diz: